Um dia, já na cama
O meu telemóvel vibrou,
Uma mensagem me chama,
Uma amiga me chamou.
Ela me pedia ajuda
Para também ajudar,
A sua amiga que sofria
Com a dor de amar.
O meu número ela lhe deu
Para comigo ela falar,
E por mensagem, nessa noite,
Seu amigo, me quis tornar.
Da sua tristeza me falava
Pois seu coração sofria;
Alguém que ela amava,
Com ela nada queria.
Os dias foram passando
Sem eu conseguir o que queria,
Mas no que fomos conversando
Conseguia ver a sua alegria.
Até que num belo dia
Seu rosto, por fim, eu vi,
Com o meu coração atrapalhado,
Outra pessoa nela eu vi…
Saímos então os dois
Logo nesse primeiro encontro
E grandes amigos ficámos
Até um certo ponto.
A minha amizade por ela
Era grande e especial,
E seu frágil coração
Apaixonou‑se por mim, afinal…
Para perceber o que se passava
Com a nossa amiga lhe preparei
Uma saída nocturna,
Mas nem uma palavra lhe arranquei.
Levei‑as, no fim, a casa,
E com ela sozinho fiquei;
E na nossa despedida
Na sua perna toquei…
Mais encontros marcámos
Para a poder ajudar;
Das nossas vidas falámos
Sem nunca pensar em a amar.
Mas numa bela noite estrelada
No alto daquela serra
Abraçados ficámos a ouvir
As músicas do Tony Carreira.
Então me apercebi
Que algo de novo se passava;
Sem que eu desse por mim,
Por ela me apaixonava.
Foi logo nessa noite
Que o meu coração percebeu,
Que entre o amor e a amizade,
Foi o amor quem venceu.
Numa bela mensagem
A ela me declarava;
Chamava‑a de princesa,
Dizia que a amava.
Numa tarde de Primavera
Um passeio, fomos dar
E a paisagem ficámos
Algum tempo a contemplar.
Do cimo daquela serra
De mãos dadas descemos
E ao entrar na capela
Sentados nos beijámos…
Húmidos eu senti,
Seus lábios os meus tocar;
E foi, então, assim
Que começámos a namorar.
Com o passar dos dias,
O nosso amor crescia;
O meu coração corado,
O dela ainda sofria.
Quis então tentar
Com o amor que por ela sentia
Seu coração curar
Aos poucos, dia‑a‑dia.
O seu sorriso contemplava,
No seu olhar me perdia;
Seus beijos, doce mel
Meu coração prendia.
O desejo de a amar
Dentro de mim crescia
E numa noite de luar,
No seu corpo, me perdia…
O meu coração batia
Parecia que queria fugir
E a natureza que nos via,
Sinais nos fazer sentir.
Ora a lua, ora as estrelas
Rompiam o véu da noite;
Ora a chuva, ora o vento
Cessavam naquela noite.
A certeza do amor crescia
Não só nela, mas também em mim.
Almas gémeas? Talvez seria,
Eu por ela, ela por mim!
Nossos corpos transpirados
Colados de amor sem fim;
Os vidros embaciados
Escondiam segredos por fim.
Teus toques, tuas carícias
Louco me deixavam,
E minhas mãos no escuro,
Os teus recantos procuravam.
A tua respiração…
Os meus movimentos…
E num segundo, então,…
O silêncio dos sentimento!...
Festejando mês a mês,
Nosso amor, nosso namoro;
Mais forte e sólido ficava,
Vencia qualquer rumor.
E eis que chegou o dia
Daquela simples questão,
E com aquele anel,
Eu pedi a tua mão!
Já dois anos lá vão
E muitos mais hão‑de vir
E o meu coração,
Ao teu se há‑de unir.
Unido ficará, então
E jamais se irá separar
Pois mesmo juntinhos continuarão
Sempre a namorar!
Os sonhos vamos criando
E juntos conseguiremos
Realizá‑los com carinho
E juntos viveremos.
Feliz te quero fazer,
Teu rosto ver sorrir,
Só assim conseguirei ser
O príncipe que sou para ti!
Minha pequena e linda flor,
Minha princesa, minha amada
Minha fada do amor,
Minha flor perfumada.
Meu desejo, minha loucura,
Meu encanto e perdição;
Meu amor que perdura,
Minha doce tentação.
Na distância que nos separa
Eu te encontro, meu amor,
No chilrear da passarada,
No perfume de cada flor.
No meu pensamento te trago,
No meu coração te escondo;
Se olho para o anel,
Mesmo longe, aí te encontro.
Te amo e quero amar
Sempre e cada vez mais;
Contigo quero casar
E para trás deixar meus “ais”!...
AMO‑TE PERDIDAMENTE
(20/02/2010)